sábado, 21 de julho de 2018

Diferentes tipos de submissão

Muitas vezes falamos sobre a submissão de uma forma generalizada e acabamos esquecendo que existem várias vertentes dentro da submissão. Algumas pessoas englobam várias características, outras gostam apenas de um aspecto, mas vamos falar superficialmente dos vários tipos de submissão que existem.

Bottom:
Entende-se por bottom a pessoa que é passiva às práticas, embora muitas vezes os papéis de bottom e submisso/a se encontrem. O bottom não é necessáriamente um submisso e, diferente do submisso, o bottom tem um controle muito maior sobre suas cenas, nunca entregando realmente o controle ao Top. A relação funciona mais como uma parceria mútua. É como se um chefe de cozinha falasse para o boleiro: “Eu quero que você faça um bolo de chocolate”. Ok: por ser subordinado ao chefe, o boleiro não fará bolo de outro sabor a não ser de chocolate. Mas usará toda sua criatividade para fazer o bolo, sem que o chefe dite todos os passo a passos.

Submissas/os:
Digamos que esses sejam a primeira patente dentro de uma relação D/s. Você se submete a seu Mestre e abre mão por longos períodos de tempo. Entretanto você tem suas opiniões, escolhas e livre-abítrio para tomá-las. Nesse tipo de submissão é normal que exista um tipo de balanço entre o Dominante e o submisso. Embora o controle esteja na mão do Dominante, os limites são desenhados pelo submisso. Sexo geralmente é grande parte desse tipo de relação, mas não necessariamente obrigatório. Embora pela descrição pareça que não, mas esse tipo de submissão é bem intenso, e a única coisa que difere entre a relação a escravidão é o poder que o submisso tem de dizer até onde se pode ir.

Submissas/os na cama:
É a submissão que ocorre apenas entre 4 paredes. É dentro do quarto (ou carro, ou banheiro, etc) que a troca de poder acontece e é nele que a troca fica. Esse tipo de submissão é quase sempre sexual, e quando acontece é completa. Entretanto, quando as portas se abrem a(o) sub retorna ao seu papel cotidiano.
Diferente do bottom que possui controle, esse tipo de submissa(o) entrega-se totalmente ao poder do Dominante, mas apenas no local da intimidade em si.

Subs psicológicos:
Esse ato de submissão acontece na mente do submisso, fora do contato fisico-sexual. Dentro da mente dela(e) existe uma necessidade de se render ao Dominante e o ato de submissão é um evento psicológico. Hoje em dia está acontecendo de alguns casais adeptos do BDSM que, devido à distância ou à impossibilidade de um encontro presencial, costumam ter esse tipo de prática através do telefone e internet.

Escravas/os:
Como escrava(o) o controle é cedido completamente. Mas tenha em mente que é uma escolha da(o) escrava(o) e não algo que ela(e) foi obrigado a fazer. Uma escrava(o) geralmente está inserido em uma relação 24/7 (24 horas diárias durante os 7 dias semanais). Elas(es) podem trabalhar e estudar, mas quando chegam em casa não há distinção de um dia normal para um dia BDSM: a pessoa é sempre um(a) escrava(o) desde o dia que decidiu por isso. Numa analogia, seria como o seminarista que sai pela manhã para cursar a faculdade de Filosofia: quando ele retorna ao seminário para almoçar, imediatamente ele está sujeito a todas as normas e regras eclesiásticas. Como escrava(o), o sexo ainda é bem real e vivo. Entretanto, não é sempre o objetivo. Como escrava(o) a vida geralmente é mais intensa em termos de dor, humilhação e prazer. Algo a se lembrar é que, como escrava(o), você não deve obedecer ao Dominante em caso de quebrar a norma, de causar dano a outra pessoa ou que seja contra seus valores morais. Se uma dessas coisas acontecer, então ele/ela não é um Dominante de verdade. Nessas ocasiões, a melhor coisa é a(o) escrava(o) “cair fora”!

Pets (animais de Estimação):
Nem sempre “animal de estimação” foi classificado como um tipo de submissão e ainda é controversa em algum círculos. Um pet tende mais para o lado escravo com uma diferença: sexo não precisa estar envolvido. Em muitos casos não está. Se você se tornou um(a) pet é para abrir mão de você mesma(o) e obedecer. O pano de fundo é: você sente prazer com o controle e não com brincadeira sexual. Pode haver brincadeiras, mas é bem raro nesse tipo de submissão. Esse tipo é um dos mais perigosos, haja vista que você pode se perder mentalmente, pois raramente você tem pensamentos próprios. Em tese, você até pode discutir com seu Dominante; entretanto ele sempre terá a última palavra.

Entre tantas outras, esses são alguns dos principais tipos de submissão, lembrando que cada tipo aqui descrito possui suas ramificações.


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